Cachoeira não é, decididamente, uma cidade comum. Nela, respira-se história, da melhor qualidade. Nem mesmo seus problemas socioeconômicos, comuns a diversos municípios baianos, são capazes de ofuscar suas belezas naturais e sua inegável relevância histórica e cultural. Sua íntima ligação com a cidade de São Félix, de quem está geograficamente apartada pelo rio Paraguaçu, enriquece ainda mais a sua existência. Uma ponte rodoferroviária, construída em ferro e doada ao município, em 1859, por D. Pedro II, também permite o trânsito entre elas. Não é à toa que se costuma chamá-las “cidades-irmãs”.
Cachoeira, que primeiro se denominou freguesia de Nossa Senhora do Rosário da Cachoeira e, depois, Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira do Paraguaçu (segundo município a se instalar no Recôncavo Baiano), compõe, com mais 32 municípios, entre eles Amargosa, Cruz das Almas, Castro Alves, Muritiba, Nazaré das Farinhas, Santo Antônio de Jesus e Muniz Ferreira, a região dita Recôncavo Sul, localizada em uma faixa de terra que contorna a Baía de Todos os Santos, incluindo também os municípios que constituem o denominado Vale do Jiquiriçá, nome de um de seus rios mais importantes, juntamente com os rios Paraguaçu e Subaé.
Sua ocupação inicial se deu por volta do século XVI, tendo a monocultura canavieira de exportação (plantation) como principal responsável por seu processo de formação econômica e social. Em torno do sistema canavieiro-açucareiro, desenvolveram-se na região, o fumageiro, o de subsistência e o pecuário. Foi a expansão da lavoura fumageira e seu beneficiamento industrial, juntamente com a mineração de ouro, que proporcionaram uma mais rápida interiorização da região, e favorecendo, assim, o aparecimento e o desenvolvimento de numerosos núcleos urbanos.
Cachoeira conta, segundo o censo demográfico e social elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2005, com uma população de aproximadamente 32 mil habitantes. Com uma temperatura média oscilando entre 20 e 28ºC, apresenta condições favoráveis de visitação durante o ano todo. Apenas entre os meses de maio e julho, as chuvas são mais constantes, não sendo, porém, empecilho à sua “exploração”.
Partindo de Salvador, seja pela BR 324 ou pela BR 101, duas das mais importantes do Estado da Bahia, percorre-se pouco mais de 100 Km, passando por alguns dos mais conhecidos municípios baianos, como Feira de Santana, Santo Amaro e Maragogipe. Também se chega lá em lanchas e escunas (muitas são as agências de viagens que operam esse tipo de transporte), pelo rio Paraguaçu, navegável de sua foz até Cachoeira. É uma viagem muito agradável, em que se pode usufruir belas paisagens, com áreas de Mata Atlântica e manguezais.
Em Cachoeira, encontram-se também algumas das mais significativas unidades de conservação ambiental do Estado da Bahia: APA (Área de Proteção Ambiental) da Baía de Todos os Santos, APA do Lago de Pedra do Cavalo, Reserva Extrativista Marinha da Baía do Iguape, RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) da Peninha e RPPN São Joaquim da Cobonha. Nelas, torna-se cada vez mais freqüente a prática de diversas modalidades turísticas, como o ecoturismo, turismo de aventura, turismo de esportes, turismo rural.
Apesar de sua incontestável riqueza natural, Cachoeira se destaca, nacional e internacionalmente, por seu riquíssimo patrimônio cultural material e imaterial. É também conhecida como “Cidade Heróica”, por sua forte participação no movimento da Sabinada (século XIX). Em 13 de Janeiro de 1997, por meio do Decreto nº. 68.045, Cachoeira foi considerada, pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN), “Cidade Monumento Nacional”, graças a seu rico patrimônio arquitetônico e paisagístico, um dos mais importantes da América Latina. É também considerada, pela UNESCO, Patrimônio da Humanidade, por suas riquezas históricas, arquitetônicas e naturais. Depois de Salvador, é a cidade que mais se destaca pelo acervo de construções barrocas: casas coloniais, igrejas e prédios históricos, dos séculos XVII a XIX. Razão pela qual participa, desde 2002, do Programa Monumenta, parceria entre o Ministério da Cultura (MinC) e o Banco Mundial (BID), com previsão de restauro de 327 imóveis.
Agosto é um mês de grande festividade em Cachoeira. É quando os cachoeiranos homenageiam sua padroeira, Nossa Senhora da Boa Morte, com uma grande e secular festa afro-católica, atraindo turistas de diversas procedências, especialmente norte-americanos. A Irmandade da Boa Morte, existente na cidade desde o século XIX, é uma confraria religiosa composta apenas por mulheres negras descendentes de escravas africanas, que atuam na preservação de tradições, valores, ensinamentos religiosos e culturais de seus ancestrais. Trata-se de uma das mais belas manifestações litúrgicas do catolicismo barroco brasileiro, com uma ampla presença processional nas ruas, mesclando religiosidade e rituais profanos, pontuados de muito samba-de-roda e comidas. Muitos são os segredos de seus rituais noturnos, ligados à religião dos orixás – os “santos” do Candomblé - originados dos tempos da escravidão (quando eram proibidos). Conhecidas como “irmãs negras”, todas vinculadas a casas de candomblé de origem jêje-nagô, apresentam-se em belos trajes e jóias, durante os cinco dias de oração e louvor.
Muitas são as possibilidades de prática da atividade turística em Cachoeira e entorno: turismo histórico, cultural, étnico, religioso, rural, aventura, esportes (náuticos), ecológico etc. Entre seus atrativos, destacam-se: o rio Paraguaçu (uma das principais fontes de renda do município, com a extração da argila para artesanato e da atividade pesqueira), a Vila de Belém de Cachoeira (distrito municipal, a 7 km do centro de Cachoeira), a Capela Nossa Senhora da Penha, o Convento São Francisco do Paraguaçu, a Imperial Ponte Dom Pedro II, o Convento e Igreja Nossa Senhora do Carmo e a arquitetura colonial barroca. A culinária, rica e saborosa, também merece atenção especial.
Dentre as manifestações festivas, vale salientar: a Festa de Aniversário da cidade (13 de março), Semana Santa (abril), Festa do Divino (maio), São João/Feira do Porto (21 a 26 de junho), Festa de São Cosme e Damião (27 de setembro), Festa de Nossa Senhora do Rosário (1ª quinzena de outubro), Festa de Nossa Senhora D'Ajuda (1ª quinzena de novembro), Festa de Santa Cecília (2ª quinzena de novembro) e Festa de Santa Bárbara (4 de dezembro). São igualmente relevantes as manifestações folclóricas, como o Samba de roda, o Bumba-meu-boi, a Esmola Cantada e a capoeira.
P.S.: Vídeo retirado do You Tube.
Cachoeira, que primeiro se denominou freguesia de Nossa Senhora do Rosário da Cachoeira e, depois, Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira do Paraguaçu (segundo município a se instalar no Recôncavo Baiano), compõe, com mais 32 municípios, entre eles Amargosa, Cruz das Almas, Castro Alves, Muritiba, Nazaré das Farinhas, Santo Antônio de Jesus e Muniz Ferreira, a região dita Recôncavo Sul, localizada em uma faixa de terra que contorna a Baía de Todos os Santos, incluindo também os municípios que constituem o denominado Vale do Jiquiriçá, nome de um de seus rios mais importantes, juntamente com os rios Paraguaçu e Subaé.
Sua ocupação inicial se deu por volta do século XVI, tendo a monocultura canavieira de exportação (plantation) como principal responsável por seu processo de formação econômica e social. Em torno do sistema canavieiro-açucareiro, desenvolveram-se na região, o fumageiro, o de subsistência e o pecuário. Foi a expansão da lavoura fumageira e seu beneficiamento industrial, juntamente com a mineração de ouro, que proporcionaram uma mais rápida interiorização da região, e favorecendo, assim, o aparecimento e o desenvolvimento de numerosos núcleos urbanos.
Cachoeira conta, segundo o censo demográfico e social elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2005, com uma população de aproximadamente 32 mil habitantes. Com uma temperatura média oscilando entre 20 e 28ºC, apresenta condições favoráveis de visitação durante o ano todo. Apenas entre os meses de maio e julho, as chuvas são mais constantes, não sendo, porém, empecilho à sua “exploração”.
Partindo de Salvador, seja pela BR 324 ou pela BR 101, duas das mais importantes do Estado da Bahia, percorre-se pouco mais de 100 Km, passando por alguns dos mais conhecidos municípios baianos, como Feira de Santana, Santo Amaro e Maragogipe. Também se chega lá em lanchas e escunas (muitas são as agências de viagens que operam esse tipo de transporte), pelo rio Paraguaçu, navegável de sua foz até Cachoeira. É uma viagem muito agradável, em que se pode usufruir belas paisagens, com áreas de Mata Atlântica e manguezais.
Em Cachoeira, encontram-se também algumas das mais significativas unidades de conservação ambiental do Estado da Bahia: APA (Área de Proteção Ambiental) da Baía de Todos os Santos, APA do Lago de Pedra do Cavalo, Reserva Extrativista Marinha da Baía do Iguape, RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) da Peninha e RPPN São Joaquim da Cobonha. Nelas, torna-se cada vez mais freqüente a prática de diversas modalidades turísticas, como o ecoturismo, turismo de aventura, turismo de esportes, turismo rural.
Apesar de sua incontestável riqueza natural, Cachoeira se destaca, nacional e internacionalmente, por seu riquíssimo patrimônio cultural material e imaterial. É também conhecida como “Cidade Heróica”, por sua forte participação no movimento da Sabinada (século XIX). Em 13 de Janeiro de 1997, por meio do Decreto nº. 68.045, Cachoeira foi considerada, pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN), “Cidade Monumento Nacional”, graças a seu rico patrimônio arquitetônico e paisagístico, um dos mais importantes da América Latina. É também considerada, pela UNESCO, Patrimônio da Humanidade, por suas riquezas históricas, arquitetônicas e naturais. Depois de Salvador, é a cidade que mais se destaca pelo acervo de construções barrocas: casas coloniais, igrejas e prédios históricos, dos séculos XVII a XIX. Razão pela qual participa, desde 2002, do Programa Monumenta, parceria entre o Ministério da Cultura (MinC) e o Banco Mundial (BID), com previsão de restauro de 327 imóveis.
Agosto é um mês de grande festividade em Cachoeira. É quando os cachoeiranos homenageiam sua padroeira, Nossa Senhora da Boa Morte, com uma grande e secular festa afro-católica, atraindo turistas de diversas procedências, especialmente norte-americanos. A Irmandade da Boa Morte, existente na cidade desde o século XIX, é uma confraria religiosa composta apenas por mulheres negras descendentes de escravas africanas, que atuam na preservação de tradições, valores, ensinamentos religiosos e culturais de seus ancestrais. Trata-se de uma das mais belas manifestações litúrgicas do catolicismo barroco brasileiro, com uma ampla presença processional nas ruas, mesclando religiosidade e rituais profanos, pontuados de muito samba-de-roda e comidas. Muitos são os segredos de seus rituais noturnos, ligados à religião dos orixás – os “santos” do Candomblé - originados dos tempos da escravidão (quando eram proibidos). Conhecidas como “irmãs negras”, todas vinculadas a casas de candomblé de origem jêje-nagô, apresentam-se em belos trajes e jóias, durante os cinco dias de oração e louvor.
Muitas são as possibilidades de prática da atividade turística em Cachoeira e entorno: turismo histórico, cultural, étnico, religioso, rural, aventura, esportes (náuticos), ecológico etc. Entre seus atrativos, destacam-se: o rio Paraguaçu (uma das principais fontes de renda do município, com a extração da argila para artesanato e da atividade pesqueira), a Vila de Belém de Cachoeira (distrito municipal, a 7 km do centro de Cachoeira), a Capela Nossa Senhora da Penha, o Convento São Francisco do Paraguaçu, a Imperial Ponte Dom Pedro II, o Convento e Igreja Nossa Senhora do Carmo e a arquitetura colonial barroca. A culinária, rica e saborosa, também merece atenção especial.
Dentre as manifestações festivas, vale salientar: a Festa de Aniversário da cidade (13 de março), Semana Santa (abril), Festa do Divino (maio), São João/Feira do Porto (21 a 26 de junho), Festa de São Cosme e Damião (27 de setembro), Festa de Nossa Senhora do Rosário (1ª quinzena de outubro), Festa de Nossa Senhora D'Ajuda (1ª quinzena de novembro), Festa de Santa Cecília (2ª quinzena de novembro) e Festa de Santa Bárbara (4 de dezembro). São igualmente relevantes as manifestações folclóricas, como o Samba de roda, o Bumba-meu-boi, a Esmola Cantada e a capoeira.
P.S.: Vídeo retirado do You Tube.
Um comentário:
Gente essa pesquisa é otima,graças a ela eu conseguir fazer outra pra mim.
Nela vc encontra um pouco de cada coisa.
Aproveitem!! xD
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